sexta-feira, 22 de outubro de 2010

18 a 22/Out

Semana sem fotos mas com algumas velhas novidades. Enfim experimentei a Orchata já falada anteriormente. Consegui ir no encontro de circo, e comecei a participar da comunidade de santo egídio.

Além disso posso falar um pouco dos orientadores, nessa semana estive numa dessas brigas que as vezes a gente tem consigo mesmo. Queria definir o que fazer e o que entregar para a professora daqui da espanha ler. Estava na dúvida do que eu deveria propor. E então entrei também em contato com o professor do Brasil. Enfim, se eu estivesse escrevendo esse post na semana certa, provavelmente eu estaria demonstrando que eu estava perdido, não sabia bem o que fazer, etc rs. Porém, agora um mes depois, algumas outras conversas ocorreram, algumas pequenas decisões. Não consegui fazer muita coisa, mas estou mais tranquilo. Pelo menos estão mais definidas as coisas, e parece que começa a ficar mais fácil trabalhar.

Quanto a orchata eu tomei uma de uma marca mais ou menos aqui. Não achei nem boa nem ruim... só um pouco doce demais. Parece um leite de soja, mas mais suave. Qualquer dia eu tomo uma mais natural pra ver se tem diferença. A do mercado não deu vontade de comprar mais não.

Na quarta feira fui ao encontro de circo, conhece o presidente atual e a próxima presidenta, pois era dia de votação rs. Um rapaz tentou me ensinou alguns truques para passes, e consegui fazer alguns passes com 3 claves. Pra quem num entende é fazer malabarismo com tres claves de frente pra outra pessoa fazendo o mesmo, e jogar uma sincronizadamente claves um para o outro. Para quem não sabe, as claves são aquelas coisas que parecem pinos de boliche. Foi divertido por isso, nunca tinha feito isso, só passes com bolinhas.

E na quinta feira fui à comunidade de Santo Egídio, o Fred já fazia quase um mes que estava indo. Essa comunidade é um grupo ligado a igreja católica, e que faz caridade. Mas além de ajudar crianças a estudarem e distribuirem alimentos para pessoas que vivem na rua ou outros necessitados, tentam trazer um pouco de calor humano para as pessoas também.
Contando o que eu fiz ficará mais fácil entender. O que eu participei na quinta feira funciona da seguinte maneira. A gente saiu da universidade e foi pra uma igreja. (eu o Fred e a Ana, uma colombiana que já faz parte a mais tempo). Quando a gente chegou lá, umas 19:30, estavam numa sala nos fundos preparando os lanches e bebidas que iam levar pra distribuição. Nesse primeiro dia apenas ajudei a colocar os alimentos dentro de bolsas que são levadas pra rua. As 20:30 começa uma celebração, que é tipo uma missa, mas sem o padre, com a maior parte cantada e duro uns 20 a 30 minutos. Depois, os membros da comunidade se reúnem em grupos, pegam uma parte da comida e vão para alguma parte da cidade. Os grupos e os pontos de distribuição já estão definidos faz tempo, e quando alguém novo como eu chega, é alocado em algum grupo.
O nosso grupo foi (e vai sempre) pra estación Nord, que é como uma rodoviária. Chegando lá, na calçada do lado de fora, as pessoas ou "amigos da comunidade" já estão esperando normalmente. Alguns de nós ficam distribuindo os lanches e outros a bebida, e se formam filas. Geralmente são em torno de 30 pessoas. Pensei que ia encontrar gente em condições precárias. Porém, a maioria deles, mesmo que não tenham casa, nem emprego, conseguem manter alguma dignidade utilizando os apoios como por exemplo o de local para tomar banho que a cidade oferece.
Muitas pessoas idosas aparecem por lá, o que é um pouco ruim de ver. Alguns dormem na rua ou rodoviária, outros tem um teto mas não tem emprego.
Mas voltando ao que a comunidade se propõe, ao calor humano...
após as pessoas comerem, os membros da comunidade ficam sempre por lá por mais uma hora ou mais para conversar, dar informações, orientações. Enfim, trazer um convívio social. Entram na rodoviária, pois tem algumas pessoas mais idosas que não saem para buscar a comida. Enfim, procuram ser amigos dessas pessoas.
Nessa primeira vez que fui não conversei com tanta gente, apenas conheci alguns deles. É claro que tem pessoas que só aparecem uma vez e não aparecem nunca mais, mas tem alguns que sempre estão lá. Há outros que arrumam emprego e mandam notícias.
Conversei com dois brasileiros, mas muito rapidamente, um rapaz bem jovem, que parece que tem problemas com jogo, todo dinheiro que tem ele gasta com vício, e uma moça que faz uns bicos e está esperando dar 3 anos aqui para conseguir regularizar a situação, acho que com um visto permanente.
E todo mundo fala catalão ou espanhol, o que serve pra praticar um pouco também, além de conhecer mais pessoas.

Por essa semana é só!
Abraços

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